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Para o Vice Ministro da Educação “há professores que não sabem ler nem escrever”


A falta de criatividade, profissionalismo e ética são alguns factores que contribuem para a má qualidade do ensino nas escolas públicas do país, afirmou no último sábado o vice ministro da educação e desenvolvimento humano Armindo Ngunde durante um encontro que juntou vários gestores das escolas públicas e funcionários da DPEDH em Inhambane no âmbito da visita de trabalho que efectuou naquela província.

Segundo o vice ministro da educação, o professor é o espelho da sociedade, entretanto é preciso melhorar a formação dos professores nos Institutos de formação, sobretudo no que concerne às metodologias de ensino, pois, o que se tem constatado no terreno é que há professores que ainda não sabem ler e escrever correctamente.

“ Precisamos melhorar bastante a formação dos professores para que por sua vez melhor forme o estudante. O professor é o centro de todo o sistema educativo, portanto, com uma boa formação do professor estaremos a garantir um pilar importante do sistema. Há professores com problemas de escrita e leitura. A recomendação que deixo é que todo professor tem deve ter a humildade, coragem suficiente para reconhecer a sua fraqueza e fazer esforço de estudar” disse Ngunde.

Para além dos professores, o vice ministro da educação criticou ainda os gestores. De acordo com este pelouro da educação, existem gestores que não sabem administrar os recursos humanos, o que de certa forma tem gerado conflito de interesse.

De modo a se ultrapassar situações do género, Ngunde avança algumas medidas sendo a primeira de submeter os gestores com dificuldades numa formação adicional na área de gestão, a segunda medida de os substituir, e justifica.

“Nós temos um grupo de cerca de 160 mil profissionais, razão pela qual podemos encontrar soluções ao nível interno. Precisamos aprimorar os nossos meios de trabalhos e avançar rapidamente na implementação do certificado único, sem no entanto, deixar de avaliar os custos necessários e as suas respectivas implicações.”

Por outro lado, aquele governante defendeu a necessidade de os professores apostarem muito na leitura e em pequenos debates entre colegas para uma troca de experiência de modo a permitir que tenham o domínio dos conteúdos a leccionar. “Um professor não pode ser bom professor se não estudar. Se ele não se entrega, não estuda, não consulta os manuais, não lê e nem se informa não pode ser considerado um bom professor. Se o professor quer ter sucesso no seu trabalho como professor deve estudar”, advertiu.

Armindo Ngunde anunciou igualmente que o ministério da educação pretende introduzir nos próximos anos, algumas das reformas entre elas o melhoramento do processo de ingresso de candidatos a professores nos institutos de formação de professores. “Precisamos revisitar o curso de formação em exercício dos professores para os adequarmos aos desafios do momento” disse acrescentando que o conselho de ministro já aprovou a lei revista do Sistema Nacional de Educação, faltando apenas encaminhar a Assembleia da República.

As declarações do vice ministro da Educação e Desenvolvimento Humano, foram também partilhadas pelos próprios docentes e gestores das escolas que admitem a existência de muitas fragilidades na classe dos docentes.

Segundo os gestores, há funcionários infiltrados no sector da educação e que mensalmente são pagos salários sem nada produzirem, alguns desses funcionários “professores” do ensino primário e secundário tem problemas de erros ortográficos.

Existem em Moçambique cerca 13 mil escolas entre primárias, secundárias e ensino superior assistidas pelo igual número de gestores.

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