Nyusi nos EUA "Encoraja empresários a exporem potencialidades do país"
O Presidente a Republica, Filipe Nyusi, encorajou os empresários nacionais a darem continuidade ao desafio de expor as potencialidades de Moçambique nas diversas áreas de actividade junto do mercado norte-americano, visando o estabelecimento de parcerias sustentáveis para os interesses do país.
Neste contexto, o Chefe do Estado moçambicano defendeu que a mensagem a transmitir em relação aos grandes projectos deve ser a de participação do empresariado nacional nas actividades terciárias ou mesmo secundárias. Nyusi falava a um grupo de empresários nacionais que o acompanham na sua visita de trabalho de três dias aos Estados Unidos de América (EUA), durante a qual participará na XI Cimeira Bienal EUA-África e o Fórum Parlamentar entre o Conselho Corporativo para África e os Congressistas, para além de manter uma série de encontros com governantes locais, dirigentes de instituições internacionais e do mundo empresarial.
Realçou que o desafio de procura de parcerias foi já iniciado aquando da sua última visita aos EUA, que teve lugar em Setembro do ano passado, na qual integrou, igualmente, uma missão empresarial moçambicana.
Como estivemos aqui no ano passado, vamos aproveitar este momento para dar continuidade do que já começamos. Nos grandes projectos, a nossa mensagem deve ser aquela de que a actividade terciária ou mesmo secundária deve ter em conta a participação dos nacionais, pois é sempre bom e eles sabem, disse.
Na ocasião, recordou aos empresários, no breve encontro que manteve momentos depois de desembarcar em Washington, que ainda vão se deparar com alguns problemas neste exercício de promoção das potencialidades e produtos nacionais, entre os quais a questão de certificação, o que coloca mais desafios ao empresariado nacional.
Falando a jornalistas, minutos depois do encontro, o Presidente da CTA, Agostinho Vuma, entidade que lidera a missão empresarial nacional aos EUA, apontou a agro-indústria, recursos minerais e energia como aquelas áreas que merecerão destaque nos encontros em que os agentes económicos participarão durante a sua permanência nos EUA.
Sobre a receptividade ou não do sector empresarial norte-americano às propostas de parceria nas negociações que manterão, Vuma manifestou-se optimista, porquanto Moçambique vive uma nova realidade, após um período turbulento, influenciado pelas dívidas ocultas, suspensão da ajuda pelos parceiros, depreciação do metical, conflito armado e as calamidades naturais.
Nós estivemos como um país mergulhado nas dívidas não declaradas, estivemos também com a depreciação do metical e a suspensão do apoio das instituições que cooperam com Moçambique e ainda com o conflito armado. E agora estamos a conhecer novos momentos, portanto esta missão promete muito, sob ponto de vista de produtividade, considerou. Relativamente ao aproveitamento das facilidades decorrentes da iniciativa AGOA, Vuma reconheceu que o sucesso nesse sentido passa por aumentar a capacidade interventiva do empresariado nacional, usando tecnologias de ponta para que, “não só possamos reduzir as importações, mas aumentar as nossas exportações junto do mercado norte-americano e de outros países. Este ponto de vista foi partilhado pelo Ministro da Indústria e Comércio, Max Tonela, que integra a comitiva do Presidente Nyusi, apontando que o foco desta visita é a atracção de investimentos, não só nos EUA, como também junto de outros horizontes para incremento das exportações de Moçambique. Segundo Max, a agricultura e agro-processamento constam da lista dos sectores a expor durante os encontros que terão lugar, tanto ao nível governamental quanto empresarial.
Por isso, no quadro desta visita, está previsto um encontro com empresas americanas da área de agricultura e agro-processamento com o objectivo de promover a sua atracção e deste modo mobilizar investimentos para Moçambique. Reconheceu que o país está aquém das oportunidades que existem, sendo necessário fazer o máximo na massificação e incremento da produção agrícola. Actualmente, Moçambique importa dos EUA produtos estimados em cerca de 120 milhões de dólares.
