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Nyusi pede paciência e apoio do povo no processo da Paz


O Presidente da República, Filipe Nyusi, pede ao povo moçambicano para que tenha um pouco mais de paciência e apoie os esforços em curso visando o alcance de uma paz efectiva no país.

Falando durante um comício que orientou recentemente no posto administrativo de Namanhumbir, distrito de Montepuez, no âmbito de uma visita de trabalho a província nortenha de Cabo Delgado, Nyusi explicou sobre a necessidade do restabelecimento da confiança entre os moçambicanos para que o processo decorra dentro da normalidade.

"Por isso, vamos acarinhar esse processo. Estamos a dizer que, moçambicanos, vamos trabalhar para que o projecto de paz seja duradoiro e todos nós temos de fazer parte dele", defendeu.

Durante o comício, a população saudou o Presidente da República pelo esforço empreendido para a manutenção da paz e, por isso, encoraja-o a prosseguir os contactos com o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, para esse propósito.

Em resposta, Nyusi reconheceu que todas as regiões por onde escalou o povo clama pela paz, razão pela qual “com toda a calma, humildade, tolerância, paciência” tomou a iniciativa de manter contactos com o líder da Renamo, por entender que as armas não resolvem o problema dos moçambicanos.

"Só falando, dialogando, é que se resolve o problema. Muitas vezes tenho estado a explicar ao povo moçambicano sobre os passos que estamos a seguir nesse processo", disse Nyusi, para, de seguida fazer uma radiografia sobre o trabalho realizado pelo grupo de diálogo, na presença de mediadores internacionais, cuja contribuição é sobejamente reconhecida.

"Mas como eu sempre dizia, nós, os moçambicanos, temos de falar. Então tomei iniciativa para, humildemente, falar com o presidente da Renamo. Eu disse que tínhamos de falar e ele aceitou falarmos e temos estado a falar", disse Nyusi, explicando que foi por isso que decidiu criar duas equipas de trabalho.

A primeira equipa está a discutir sobre a descentralização. Isto significa como devemos viver, como devemos governar, quem deve estar ali, quem deve estar aqui, e pensar nas novas regras para os próximos jogos, que são as eleições. Não estamos a discutir a governação de cinco ou seis províncias, esclareceu.

Acrescentou ainda que o grupo dos assuntos militares está a discutir como acabar a guerra, o desarmamento, pois, “ninguém, senão o exército do Estado, pode ter armas.

Está a discutir sobre o que fazer com aquelas pessoas que têm armas depois de entregar as suas armas. Enquanto isso, dizemos: ninguém deve disparar contra o outro, aliás é o que está a acontecer, afirmou Nyusi, renovando o seu apelo dirigido aos moçambicanos para que tenham um pouco mais de paciência e calma, bem como para que apoiem o processo em curso.

O apelo surge pelo facto de, segundo o estadista, haver algumas pessoas que questionam o processo, tentando pôr em causa a iniciativa e desencoraja-la.

"Isto é crime. Estão a incitar a violência, a confusão, para nos matarmos. Isto é mau. Não queremos esses moçambicanos que só falam e não fazem nada. Não queremos isso, é preciso encorajar todas essas iniciativas, e pediu o Presidente, para que as discussões em curso visam definir a forma como se deve desenvolver Moçambique. Por isso, não devem ter medo, não há uma discussão que não seja a paz para os moçambicanos viverem bem", assegurou.

Recentemente, foram criados dois grupos de fiscalização das tréguas, que agora foram prorrogadas por tempo indeterminado.

Namanhumbir foi a última etapa da visita de trabalho de três dias que o presidente da República vinha realizando à província de Cabo Delgado.

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