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Líderes religiosos responsabilizam médicos tradicionais pelos crimes passionais


A violência doméstica é entendida como um fenómeno antigo, pouco falado para lá do grupo familiar, naturalizado como sendo inerente às relações entre casais, prerrogativa masculina e destino feminino.

Para fazer face a este desafio, o governo provincial em Inhambane promoveu na última quinta-feira na cidade da Maxixe um encontro com os líderes religiosos, secretários dos bairros e médicos tradicionais para em conjunto encontrarem formas que visam combater este mal.

Durante as intercepções, os líderes religiosos, apontaram o dedo aos médicos tradicionais como principais autores da maior parte dos casos de violência que acontecem nas famílias.

Segundo os líderes religiosos, há curandeiros que só preocupam se pelos fins e não pelos meios de obtenção de dinheiro, enganam os seus clientes, agitando-lhes a cometerem loucuras em suas famílias, destruindo desta forma a paz que reina dentro delas.

Este cenário segundo as nossas fontes é mais comum nas zonas rurais e um pouco na cidade, os clientes na sua maioria tem sido jovens que andam a procura de solução para os seus problemas familiares. Só que chegados aos tais curandeiros as informações que recebem a maioria são falsas e destruidoras.

“São várias as famílias que vivem momentos de terror, porque os filhos acham que a mãe ou a tia é feiticeira, ela é quem está criando todo aquele sofrimento. Isto porque o curandeiro afirmou que é ela mesmo a autora de tudo isso, e os filhos também caíram nessa loucura, eliminam a sua tia ou mãe. Os curandeiros que causam este tipo problemas são pessoas conhecidas pela AMETRAMO, mas que nada faz para inverter o cenário, não há medidas punitivas contra este tipo de pessoas” desabafou um dos pastores da igreja Metodista Unida de Marombei.

Os líderes religiosos, pedem maior intervenção de quem é de direito para travar esta onda de violência, e bem como tomar medidas punitivas contra os curandeiros falsos ou que exercem as suas actividades de forma clandestina com vista a garantir que haja uma paz efectiva dentro das famílias.

“Na verdade é difícil ver famílias a se destruir por causa de uma mentira do curandeiro, que ele está lá a viver bem com a sua família. Não quer dizer com isto, que nós os líderes religiosos não apoiamos o trabalho dos médicos tradicionais, apenas criticamos a forma como alguns usam para roubar o dinheiro dos seus clientes, eles devem aprender a serem curandeiros honesto e que cuja intenção não pode ser de destruir mas sim de unir as famílias.” ressaltou outro líder religioso da igreja Católica.

Por sua vez o presidente da AMETRAMO em Inhambane, que também esteve presente no encontro, refutou todas as acusações que pesam contra a sua associação, e assegurou que todo o trabalho é feito com base nos planos do governo. Contudo, reconhece existirem curandeiros dentro da Associação cujo objectivo é denegrir a imagem dos bons curandeiros, declarando se como sendo os Deuses da terra capazes de curar todo tipo de doenças até mesmo dar riqueza, e contra esses mafiosos, garante que serão tomadas algumas medidas punitivas de forma a combater esta prática.

“A nível da província de Inhambane temos muitos curandeiros e outros até são estrangeiros que quando chegam cá instalam se em casas alheias, começam a distribuir panfletos dizem que são capazes de curar qualquer tipo de doença. Esses curandeiros que ainda nos preocupam, primeiro porque eles exercem a actividade de forma clandestina”, disse.

Daniel Francisco Tchapo governador de Inhambane, e por sinal quem orientou o encontro, garantiu ter anotado todas as preocupações apresentadas pelos líderes religiosos e promete num fórum próprio dar as possíveis soluções.

Mesmo assim mostra se muito preocupado com a onda de violência doméstica que regista se na província, e pede maior envolvimento dos líderes religiosos, secretários dos bairros na sensibilização da comunidade para uma boa convivência familiar, garantido desta forma a manutenção da paz.

A paz começa na família, e se dentro dela não há paz também não há desenvolvimento, a violência doméstica não só o homem quem é o promotor também há mulheres que batem nos seus maridos, há homens que denunciam as suas mulheres, a violência doméstica não pode só ser entendida como aquela que parte na agressão física, mas também pode ser psicológica, social ou mesmo moral, então o que é importante que cada um aqui deve saber é que temos que trabalhar de modo a inverter este cenário, cada um deve dar o seu contributo e saber que é um factor importante para a manutenção da paz dentro das famílias. Explicou

Considera – se que a violência domestica caracteriza se por uma situação de dominação ou tentativa de dominação quer por parte das mulher quer nos homens e que traz como resultado a sua subordinação. A violência doméstica manifesta se num comportamento depreciativo para com a esposa ou esposo, ataques verbais persistentes contra a sua auto-estima, a limitação ou proibição do seu relacionamento com familiares com familiares e amigos, o controlo do acesso ao dinheiro, as acusações repetidas de infidelidade e de culpabilidade conjuntamente com agressões contra a sua integridade física e a dos seus filhos, frustrando o seu projecto de vida, o que constitui em essência uma violência explícita dos direitos humanos.

As principais vítimas são mulheres jovens cuja faixa etária vai dos 17 aos 25 anos de idade precisamente a idade em que os sonhos se materializam, em que o mundo se devia apresentar como um espaço de oportunidades e de realizações.

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