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RUANDA CONCENTRA SUAS ATENÇÕES NO FUTURO DO PAÍS


O Presidente do Ruanda, Paul Kagamé, destacou a transformação das mentalidades dos ruandeses e a inclusão política e económica como medidas fundamentais que estão a desempenhar um papel preponderante na edificação da sociedade harmoniosa no futuro do país aspirado por todos. Kagamé, que foi orador na palestra havida recentemente em Maputo por ocasião da visita de Estado, de dois dias, que esteve a efectuar ao país, e teve como saldo o estabelecimento de acordos de cooperação bilateral, dissertou sobre o percurso tortuoso percorrido pelo seu país, depois do genocídio de 1994, que vitimou mais de 800 mil pessoas em apenas 90 dias. Na palestra, marcada por uma forte presença de entidades do panorama tanto empresarial quanto académico, o estadista ruandês sublinhou que o seu país passou por diversos riscos e improvisos, nos últimos 20 anos, cujos resultados permitiram entender que a meta alcançada até então pelo país ainda não é o “cimo da montanha.

No final do genocídio, que Kagamé em muito contribuiu para pôr termo através do movimento político Frente Patriótica do Ruanda (FPR), o país estabeleceu as prioridades baseado nas suas necessidades, que visam essencialmente o tornar o país numa nação unida e sem cisões.

Sabíamos que não seria um processo fácil e os resultados não viriam de noite para o dia, mas a nossa determinação estava acima de todas as coisas, disse Kagamé, que é também o sexto presidente daquele país dos Grandes Lagos com pouco mais de 11 milhões de habitantes.

Na tentativa de consumar a sua visão de desenvolvimento nacional, visando tornar o país num estado de rendimento médio até 2020, Kagamé e o executivo de Kigali tomaram a decisão de investir recursos públicos em vários projectos, incluindo das indústrias hoteleiras e aviação civil.

A medida, segundo Kagamé, suscitou uma forte contestação de vários segmentos do circuito financeiro, incluindo os bancos e os parceiros de cooperação, mas o governo de Kigali estava determinado a materializar um desígnio que, mais tarde ou mais cedo, viria a orientar o futuro do país.

Os riscos que tomamos chegaram a impedir a entrada de investimentos para o país, porém levaram a consumação de resultados que estão a servir a maioria dos ruandeses, sublinhou o presidente, acrescentando que uma das maiores conquistas foi a redução dos níveis da pobreza para os actuais cerca de 40 por cento e o aumento da esperança de vida dos 36 aos actuais 61 anos.

A concretização de meta, segundo Kagamé, passou por uma mobilização de toda sociedade ruandesa e, nalgum momento, o regresso dos cerca de três milhões que durante o período de instabilidade procuraram refúgio em vários países, incluindo Moçambique.

No sentido de garantir a segurança dos regressados, o país desenvolveu esforços para criar e consolidar as instituições de justiça comunitária que julgaram mais de dois milhões de casos, saldo que seria impossível alcançar através da justiça convencional, mas resultou na sociedade harmoniosa e reconciliada.

Segundo Kagamé, o sucesso da medida mostrou que é possível resolver problemas difíceis com muita celeridade, desde que haja diálogo e consenso. Ainda no processo de reconciliação, o estadista ruandês apontou, por outro lado, a inclusão dos grupos marginalizados na agenda de desenvolvimento do país e o trabalho em curso para a mudança das mentes e não das leis, no sentido de garantir uma visão comum no percurso que o país está a percorrer. Kagamé, cuja última visita ao país aconteceu em 2004, disse que a sua deslocação não visa apenas reforçar as relações existentes, mas também revitalizar a cooperação em áreas de interesse comum.


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