Agora sim, finalmente Nações Unidas em Português, na 9ª legislatura

Pois, não é para menos, numa altura em que finalmente o Eng. Electrotécnico, o Português António Manuel de Oliveira Guterres, 67 anos foi nomeado, por aclamação e unanimidade o 9º Secretário-geral das Nações Unidas a partir de Janeiro de 2017, substituindo o sul-coreano Ban Ki-moon.

Guterres que no seu discurso de victória escolheu entre outros pressupostos dirigir as 193 Nações do Mundo com humildade, mas também com um condão de equilíbrio de Género na ponta da sua língua, afinal e segundo postulou vai nomear para Secretária – geral adjunta da ONU uma figura do sexo feminino, não se sabe bem se como forma de homenagear o outro sexo que o “desafiou” no processo eleitoral e diga-se de passagem, a última hora, subtilmente pela mão da Alemanha que no entanto não avançou com nenhum veto.

Uma eleição por unanimidade e aclamação cuja recomendação pelo Conselho de Segurança fora igualmente pelo mesmo resultado ao ser considerado recomendável para o cargo por 13 dos 15 membros do CS, sem nenhum veto.

As rugas do processo.

Se a eleição do Português António Guterres não sofre qualquer tipo de contestação nem mácula, o mesmo já não se pode dizer com relação ao processo “doutrinal” da eleição de um Secretário –geral da maior e mais organização das Nações Unidas.

Senão vejamos.

Considerado como tendo sido o processo “mais transparente” da história da eleição de um SG-ONU (foram queimadas cinco rondas de votações informais), críticos há que questionam essa transparência e até mesmo legitimidade dela num fórum em que apenas 15 dos mais de 190 países do Mundo é que podem participar, directamente?

Pior ainda, é que pelo menos um dos 5 países, do grupo dos 15 membros permanentes poderia ter deixado abaixo o sonho português se tivesse ocorrido algum veto!

Cada um deles São uma espécie de chefes da ONU!

Mas, ainda bem, para nós, os Palopes que tal não aconteceu!

Os desafios do Guterres em frente do Secretariado Geral das nações Unidas

Conhecido pela sua veia reformista, Guterres a quando do comissariado das Nações Unidas para os refugiados, aonde chegou a reduzir em 20% os funcionários da organização na sede da ONU a Guterres esperam-lhe desafios globais de maior calor a exemplo dos conflitos na Síria aonde ele próprio referiu que “aquele povo não merece permanecer na actual situação”, senão mesmo em toda a Magrebe africana, o dossier do terrorismo quase que global, a eminência da eclosão de uma “terceira Guerra fria”, com a Rússia de Valdmir Puttin por um lado e os Estados Unidos da derradeira administração Obama (fragilizado com o epílogo do seu mandato) por outro, cada uma das superpotências com os seus aliados.

Os problemas do aquecimento global e das energias renováveis por um lado e uma europa cada vez mergulhado numa intensa onda de refugiados sem precedentes, desde o fim da segunda guerra mundial; fazem parte de alguns dos vastos dossiers que aguardam pela inteligência e reconhecida perspicácia diplomática do primeiro português a assumir o cargo mais cobiçado das Nações Unidas.

A nós, AmviroNews nada mais nos resta senão felicitá-lo e desejar os mais nobres sucessos!

Afinal Quem é afinal Guterres?

Homem politicamente muito lutador mas igualmente reconhecedor humilde das suas limitações seu nome completo é António Manuel de Oliveira Guterres, nasceu a 30 de Abril de 1949, em Santos-o-Velho, Lisboa-Portugal, continente europeu.

1965-enquanto ainda estudante do liceu Camões-Lisboa, ganha o “Prémio nacional dos Liceus;

1971- (vigorava ainda a ditadura Salazarista)-no Instituto Superior Técnico licencia-se em Engenharia Electrotécnica;

1972-Casa-se com Luisa Melo, num casamento celebrado com seu antigo colega de Universidade o Padre Vitor Melícias;

Politicamente, dentro e fora de Portugal Guterres ocupou os maiores e mais cobiçados cargos políticos, a excepção de presidente da República;

1973-Ingressa ara o Partido Socialista (PS), pela mão de António Reis;

1974-chefe do Gabinete do Secretário de Estado;

1976-Deutado da Assembleia da República pelo seu partido (PS);

(1977-1979)-presidente das comissões parlamentares de Economia e Finanças

(1985-1988)- preside as comissões de Administração do Território, Poder Local e Ambiente

1983-Preside a comissão parlamentar de Demografia, Migrações e Refugiados da Assembleia da Assembleia Parlamentar do conselho da Europa

(1979-1995)-preside a Assembleia Municipal do fundão (reeleito por cinco vezes);

1995-eleito Secretário-geral do PS, vencendo na corrida Jorge Sampaio;

1995-1999-primeiro-ministro de Portugal chefiando os XIII e XIV governos constitucionais

(1995-2000)-Presidiu à Internacional Socialista;

2001-apresenta sua demissão na sequência de uma derrota do seu partido (Dezembro)

(2002-2005)-Consultor do Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos

(2005-2015)-Nomeado alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados

7 de Abril de 2016-nomeado Conselheiro de Estado, designado pelo Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa.

Em 5 de Outubro de 2016 anunciada a sua vitória na eleição para secretário-geral das Nações Unidas,

Em 6 de Outubro de 2016 o Conselho de Segurança vota por unanimidade e aclamação a resolução que recomenda à Assembleia-Geral a designação de António Guterres como novo Secretário-Geral das Nações Unidas.

Em 13 de Outubro de 2016 a Assembleia-Geral das Nações Unidas elege-o por unanimidade e aclamação o 9º Secretário-Geral das Nações Unidas, a partir de 1 de Janeiro de 2017 para um mandato de 5 anos.

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