Naufrágio na Maxixe ENCONTRADOS QUATRO CORPOS
- Jornal Amvironews
- 29 de set. de 2016
- 3 min de leitura

Trata-se de uma tragédia que se deu por volta das 16 e 50 da última terça-feira (27/09/2016) na ponte cais da cidade Maxixe, tendo resultado na morte de quatro pessoas por sinal todos do sexo masculino com idades que variam de 30 a 45 anos, e outras duas são dadas como desaparecidas em consequência do naufrágio.
As vitimas faziam se transportar numa pequena embarcação denominada mana Teresa com compacidade para 38 passageiros que vinham de Inhambane com o destino a Maxixe, tendo esta naufragado devido ao excesso de lotação, segundo especialistas.
Aliás informações que podemos colher no local indicam que os passageiros queriam sair todos ao mesmo tempo, o barco não conseguiu suportar o peso e despejou todas pessoas a abordo.
“Eu vi o barco a chegar, por aquilo que disseram o marinheiro estava quase a trancar o barco foi quando minutos depois ouvimos que havia registo de mortos em número de duas pessoas e mais tarde mais uma outra vítima. O barco estava muito cheio acima do recomendado e hoje há mau tempo os marinheiros sabem muito bem disso”. Sublinhou uma fonte que testemunhou o fatídico acidente.
“Quando saímos de Inhambane, o tempo não estava muito agitado, pelo caminho começaram aparecer ondas mais grandes e o barco ficava sempre em movimento, abanava muito de um lado para o outro, até que dava sinais de afogamento, mas como sempre os marinheiros nos pediam calma, que em breve íamos chegar, eu não sei como é que escapei, só digo graças a Deus”, disse um dos sobreviventes entrevistado pela nossa reportagem, de nome Menalda, com lágrimas estampando o seu rosto de susto.
Várias instituiçoes de salvação entre públicas e privadas fizeram-se presente ao local para socorrer as vitimas, até as 18 horas era notórias pessoas ainda a serem resgatadas com vida, algumas delas em número de 9 foram levadas de imediato para o hospital Rural de Chicuque para cuidados médicos imeditos.
“Como é que não vai acontecer acidentes se os próprios barcos circulam em péssimascondições? Os passageiros não usam colete salva-vidas, os barcos andam muito lotados, não se respeita a lotação, não há como entrar o barco sem reclamar, só agradece depois de chegar, estamos a pedir para quem de direito para ver esta situação, estamos a morrer, não é a primeira vez que isto acontece”. suspirou uma fonte.
Já o Delegado Marítimo em Inhambane Américo Sitoe que confirmou o registo do caso disse que a embarcação estava ainda a manobrar para atracar onde a mesma teria sido surpreendida por uma onda gigante que deixou os passageiros agitados ao mesmo tempo que confirmou a morte de 4 pessoas, dos quais três foram encontrados ontem e um na manhã do dia seguinte (Quarta-Feira).
Sitoe aponta para o excesso da lotação como a principal causa do acidente.
Aliás esta atitude negativa dos marinheiros havia sido criticada pela vice-ministra dos Transportes e Comunicações quando visitou a província de Inhambane onde terá passado pela cidade da Maxixe para reunir-se com os transportadores marítimos, ocasião em que a governante exigiu o uso obrigatório de colectes salva-vidas bem como o respeito da lotação.
Dados em nosso poder apontam que este não é o primeiro naufrágio a acontecer naquela baia, nos últimos tempos sendo que o primeiro deu se no dia 27 de Outubro do ano passado onde nove pessoas do sexo feminino desapareceram na sequência de um naufrágio ocorrido na região de Babalaza, Cidade de Inhambane quando uma embarcação denominada KOKO-TINGA com o Numero IB-30/P que regressava da pesca de camarão e apanha de amêijoas naufragou como consequência de uma vaga de ondas gigantes que fustigou repentinamente a zona.



















































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