NA MAXIXE: TÉCNICO DE SAÚDE DETIDO POR ROUBO DE MEDICAMENTOS

Trata-se de um jovem de 27 anos de idade que desde a última 4ª feira está a contas com as autoridades policiais no distrito da Maxixe indiciado de roubo de medicamentos.

O jovem em causa foi encontrado, na posse de diversos medicamentos que se supõe que tenham sido roubados no Sistema Nacional de Saúde com destaque para paracetamol, Betametasona, quartel, xaropes variados e entre outros.

O indiciado confessa o seu envolvimento no crime e diz que os medicamentos adquiria a um fármaco no mercado Xiquelene cujo nome não foi revelado. A polícia acredita que o indiciado faz parte de uma rede que se dedica ao roubo de medicamentos em várias unidades sanitárias da província de Inhambane.

"O técnico ora detido fazia atendimento domiciliário que segundo ele na assistência aos seus pacientes, prescrevia medicamentos que ele mesmo vendia. Suspeitamos que ele seja membro de um grupo mais alargado. Porque, para ele conseguir ter essa quantidade de medicamentos, houve um trabalho coordenado. Faz sentido, enquanto há pessoas a morrerem por falta de medicamentos nos hospitais, há indivíduos de má fé que desviam os medicamentos para os interesses pessoais”, Juma Dauto.

Face a esta situação, Juma Aly Dauto, chefe das relações pública no comando provincial da PRM em Inhambane, apela para maior vigilância sobretudo nos depósitos de medicamentos e nas farmácias das unidades sanitárias, para prevenir a onda de roubo de fármacos que se regista nos últimos dias.

Este é o segundo caso de desvio de medicamentos em hospitais públicos em Inhambane envolvendo profissionais de saúde. O primeiro deu-se no Hospital Distrital de Quissico, Distrito de Zavala, onde um servente foi flagrado na posse de uma caixa de medicamentos.

Com vista a prevenir a onda de roubo de fármacos, em Janeiro deste ano, o sector da saúde, em Inhambane, intensificou medidas de controlo nos depósitos de medicamentos e nas farmácias das unidades sanitárias, As medidas consistiram no reforço das equipas de controlo com agentes de polícia, líderes comunitários, bem como montagem de câmaras de vigilância nos depósitos distritais e provincial de medicamentos.

A campanha surgiu depois de seis funcionários do Ministério da Saúde terem sido condenados pelo envolvimento no desvio de medicamentos. Mas mesmo assim o roubo de medicamentos ainda prevalece.