NA SEGURANÇA RODOVIÁRIA AMVIRO PEDE ENVOLVIMENTO DE TODOS
- Jornal Amvironews
- 18 de ago. de 2016
- 3 min de leitura

A Associação Moçambicana para as Vítimas de Insegurança Rodoviária (AMVIRO) convidou, durante o final de semana, na cidade de Maputo, aos diversos segmentos da sociedade civil no sentido de envolver-se ainda mais nas acções em curso, visando travar a onda de acidentes rodoviários que têm estado a tirar a vida dos concidadãos no país.
O convite foi lançado na 1ª Sessão de Reflexão e Interacção Comunitária sobre os Desafios de Mobilidade em Maputo, no distrito municipal da Ka Maxaquene, que visava consciencializar os residentes acerca dos perigos dos acidentes. Segundo dados que foram apresentados na ocasião, por António Marques, presidente do ATCM, um dos parceiros da iniciativa; até ao primeiro semestre do ano em curso foram registados 984 acidentes contra 1.336 do período anterior que resultaram em 724 mortes, contra 739; 806 feridos graves, contra 928; 1.046 feridos ligeiros contra 1.152 e números que mostram a necessidade de haver um maior envolvimento de todos na sua prevenção.
A escolha do bairro Polana Caniço, arredores na capital, deve-se ao elevado nível de acidentes que se têm registado na recém-inaugurada avenida Julius Nyerere, onde pessoas de todas as idades não escapam a letalidade dos carros que ali circulam a alta velocidade, sem observar os limites estabelecidos.
José Patrício, em representação do Comando da Polícia a nível da Cidade de Maputo, disse que tanto os peões quanto os automobilistas devem pautar por uma coexistência pacífica, através do respeito mútuo, para que se possa reduzir os elevados níveis de sinistralidade.
Patrício disse ainda que os automobilistas têm a obrigação moral de parar sempre que um peão está a atravessar a via, para evitar os acidentes, mesmo quando a travessia é feita pelo local que não é apropriado.
"Deve-se evitar consumir álcool depois fazer-se ao volante", sublinhou.
Entre vários problemas apresentados pelos residentes do bairro, está a velocidade excessiva por parte dos automobilistas que usam aquela rodovia, sem o mínimo de respeito pelo peão que, nalguns casos, paga com a própria vida o uso do asfalto.
"Estamos a pedir que a Esquadra da Polícia aqui do bairro possa ter um agente da Polícia de Trânsito para ajudar a travar os desmandos dos automobilistas que usam a Julius Nyerere, sem observar os limites estabelecidos de velocidade", disse Sidónio Manhique, residente do bairro.
Zacarias Miguel, outro residente do bairro, pediu que este tipo de iniciativa fosse replicado por todo o país, visto que os acidentes de viação acontecem em toda a parte.
Por sua vez, o Presidente da AMVIRO, Alexandre Nhampossa, disse estar satisfeito com o impacto da sessão, na medida em que as explicações sobre os sinais de trânsito e as encenações teatrais para despertar a consciência das pessoas levaram a mensagem ao destino desejado.
A Associação, criada em 2009, aspira ver envolvidas mais entidades nas diversas actividades de prevenção dos acidentes rodoviários que, segundo Nhampossa, tem outras estratégias em vista.
A Associação, representada em todo o país, já realizou actividades semelhantes nas províncias de Nampula e Inhambane nas zonas norte e centro do país respectivamente.
De salientar que esta reflexão tinha como lema “O trânsito deve ser seguro para todos em qualquer situação”, inserido nas acções do movimento “Maio Amarelo, Atenção pela Vida”, lançado a 31 de Maio deste ano com o objectivo de potenciar e massificar as acções de sensibilização sobre prevenção e segurança no trânsito em curso no País.
PRM convida a todos a serem responsáveis pela segurança

“Se estivermos todos juntos, unidos como formigas, fazemos muita diferença e para a positiva”, enfatizou o representante do Comando da PRM ao nível da cidade de Maputo afecto a Polícia de Trânsito.
Para a corporação, sempre que pretender-se atravessar uma estrada certificar-se do lado direito e depois o esquerdo esta livre.
ATCM com “STOP Sangue”

Uma das intervenções vibrantes acabou sendo do ACTM, parceiro do evento, no âmbito do movimento Maio Amarelo, quando subiram ao palco os activistas dos Maxacas, na qualidade de activistas de prevenção e segurança rodoviária, sob chancela daquela organização do desporto motorizado em Moçambique.
ACTM brindou os presentes com a peça “Stop sangue nas Estradas”, numa encenação teatral que retrata os maus hábitos na via pública (álcool e condução automóvel) que, muitas vezes geram desgraças.
Para António Marques, presidente do ATCM, a iniciativa da AMVIRO reflecte a verdadeira forma de lidar com as reais necessidades e desafios da prevenção e segurança rodovia.



















































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