INHAMBANE NASCEU HÁ60 ANOS MAS, AINDA PERSISTEM PROBLEMAS
- Jornal Amvironews
- 18 de ago. de 2016
- 3 min de leitura

A terra de boa gente, cidade de Inhambane, completou na última sexta-feira, seu 60º aniversário pós a elevação a categoria de cidade. A efeméride foi marcada por diversas actividades culturais com destaque para a deposição de coroa de flores em memória aos heróis moçambicanos, manifestações culturais e desportivas.
Falando na ocasião, o edil do município da cidade de Inhambane Benedito Guimino disse aos presentes que a data tem um grande significado para o município. Segundo Guimino, são 60 anos da existência de uma cidade que cresceu nos últimos anos.
Durante este período, vários foram os problemas que ultrapassados, enunciando com destaque a problemática do abastecimento de água e canalização da energia eléctrica. No que refere ao plano de governação participativa e inclusiva, o edil da cidade de Inhambane afirmou que perto de 36 visitas de trabalhos para auscultação de resolução de alguns problemas que muito apoquentam os munícipes forma efectuadas.
No plano de desenvolvimento do município concretamente a construção e reabilitação de infra-estruturas económicas e sociais, segundo deu a conhecer o titular, foram reabilitados 3.3km dos passeios na Avenida de Revolução e construídos com recurso a pavê 550m da rua que parte da Estrada Nacional No5, até ao Centro de Saúde de Muelé-1, faltando por pavimentar 50m.
Ainda neste processo, perto de 14 casas no Bairro Guitambatuno, foram construídas para o reassentamento das famílias abrangidas pelo arruamento, nos Bairros Chalambe 1 e 2; liberdade 1 e 2 e Muele-1.
Combate a Criminalidade
Os 60 anos da urbe representam uma conquista resultado de trabalho árduo e continuo para a Policia da República de Moçambique. Segundo deu a conhecer Simião Machava, a tranquilidade pública é o exemplo de se exaltar nas comemorações, visto que, a criminalidade tende a reduzir constantemente.
“Aqui em Inhambane não há tanta ocorrência de crimes em consequência de trabalhos de patrulhamento nos bairros e resposta rápida”, disse Simião Machava, oficial e imprensa no Comando Provincial da PRM em Inhambane.
Este facto foi confirmado por alguns munícipes nos microfones do AmviroNews.
“ Temos orgulho de vivermos numa cidade onde não há criminalidade. Aliás, costuma-se dizer que “se alguém for assaltado em Inhambane, o ladrão não é munícipe da cidade, mas, sim, visitante”. Vêm de longe roubar aqui, é frequente ouvir-se comentar quando surge uma onda repentina de crime”, disse um munícipe.
Crescimento desordenado da cidade
À semelhança do que acontece um pouco por todas capitais provinciais do país, em Inhambane, as migrações do campo para cidade, têm tendência crescente.
Nos últimos anos, muitos novos habitantes chegam a esta cidade à procura de melhores condições de vida e de trabalho, essencialmente.
Entretanto, devido a falta de capacidade de acolhimento do Conselho Municipal, muitas são as pessoas que optam por erguer suas habitações, na sua maioria de construção precária, cobertas de folhas de coqueiros, material aqui conhecido por “macuti”, de forma desordenada.
Esta realidade revela a não existência de planos de urbanização. A degradação das vias de acesso, a necessidade de abertura de estradas que permitam a circulação normal de pessoas e bens em toda a periferia da urbe, e o emaranhado de casas que se verifica nos bairros Chalambe I e II, Liberdade I e II e Muelé, são alguns exemplos dessa deficiência.
Pedro Joaquim, natural e residente no bairro Josina Machel cidade de Inhambane, disse à nossa reportagem, que uma das razões que concorre para a habitação precária que se está a construir é o Município cobrar altas taxas para se poder construir em alvenaria.
“Uma casa de tipo 3, tipo 2, ou mesmo de tipo 1, desde que seja de alvenaria, tem que se comunicar ao município que se pretende construir, e a edilidade fixa uma taxa de construção, que muitas vezes não está ao alcance dos cidadãos”, disse Pedro.
Para nosso entrevistado, passado os 60 anos de elevação a cidade, o município deve conceber bairros para habitação que obedeçam uma estrutura qualificada.
Recolha de resíduos sólidos
Já lá se vão os tempos da designada “cidade mais limpa do país”. De há uns meses para cá, lixo começa a roubar o brilho da urbe.
Em algumas esquinas vêem-se latas transbordando e espalhando lixo espalhado.
Consciente da problemática, o edil da cidade, Benedito Guimino, garantiu durante a deposição de coroa de flores na praça dos heróis, que a cidade está a envidar esforços para devolver o nome que muitos atribuíram a cidade de Inhambane.



















































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