Construção da ponte Marracuene-Macaneta quase pronta

As obras de construção da ponte que liga a sede do distrito de Marracuene e localidade de Macaneta, na província meridional de Maputo, em Moçambique, já se encontram na fase de final, prevendo-se que a infra-estrutura seja entregue nos meados de Setembro próximo.

A garantia foi dada pela Empresa de Desenvolvimento de Maputo Sul, entidade que recebeu o mandato do governo para fazer a gestão daquela infra-estrutura, integrada no projecto da estrada circular de Maputo.

Em declarações a imprensa na sexta-feira, o Presidente do Conselho de Administração da Maputo Sul, Silva Magaia, explicou que a infra-estrutura, com 11 metros de largura e 300 metros de extensão, vai facilitar a circulação das viaturas e pessoas, nos dois sentidos, sem necessidade de interrupção. “Atravessar pela ponte vai ser mais barato do que está a ser cobrado, hoje, no batelão. São valores comportáveis que não vão criar nenhum impacto negativo do ponto de vista social”, sublinhou.

Magaia falava por ocasião da visita que o titular do pelouro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Bonete, efectuou àquele empreendimento, a margem do II Conselho Coordenador do ministério que dirige. A circular, um investimento de 315 milhões de dólares, com um financiamento do governo chinês de 95 por cento, sendo os restantes do governo moçambicano, vai comportar cinco portagens, sendo uma exclusiva para a ponte Marracuene/Macaneta.

O governante visitou igualmente as obras de construção de 160 apartamentos, um projecto orçado em 365 milhões de meticais (cerca de 5,3 milhões de dólares ao câmbio corrente) pertencente ao Fundo de Fomento para a Habitação (FFH) e implementado na localidade de Zintava. Os apartamentos têm como principal alvo cidadãos nacionais, particularmente funcionários públicos. Trata-se de apartamentos dos tipos 2 e 3, distribuídos em 10 blocos.

As obras arrancaram este ano e o prazo de execução é de 18 meses. Os apartamentos serão disponibilizados a título de crédito amortizável num período de 15 a 20 anos.

No término da visita, o ministro manifestou a sua satisfação com o curso das obras da construção da ponte e dos apartamentos.

“Da visita à ponte, constatou-se que as obras estão em fase de finalização e a mesma irá aliviar a actual situação da travessia naquele ponto, caracterizada por demoras e incertezas dos serviços de travessia usando batelão”, disse o governante, para de seguida acrescentar “a primeira fase do projecto de construção de 160 apartamentos decorre a um bom ritmo”. No presente Conselho Coordenador, os participantes fizeram um balanço dos trabalhos realizados até este momento, no âmbito do Plano Económico e Social (PES 2016), revisitaram o processo de descentralização no sector das águas, segurança rodoviária e entre outras matérias.

Os participantes concluíram que o desempenho do sector foi afectado por vários factores, entre os quais a desvalorização do metical, subida dos preços dos insumos de construção, situação político-militar, bem como a ocorrência de cheias e seca.

Entre as recomendações saídas do Conselho Coordenador destacam-se a necessidade de continuar a mobilizar fundos e estabelecer parcerias público/privadas para a construção de barragens de múltiplos usos, para o abastecimento de água, irrigação e produção de electricidade; reabilitação e asfaltagem de estradas e incentivar a construção de habitação no país. O evento, que teve início na quarta-feira decorreu sob lema “MOPHRH, pela Qualidade no Desenvolvimento Integrado de Infra-estruturas Públicas”, e contou com a participação de funcionários seniores daquela instituição, incluindo directores nacionais, presidentes do Conselho de Administração, directores provinciais e demais convidados.