Detidos suspeitos pelo Assassinato do procurador Marcelino Vilanculo

As autoridades moçambicanas detiveram três indivíduos por suspeita de envolvimento no assassinato do procurador Marcelino Vilanculo, ocorrido em Abril último na cidade de Matola, província de Maputo, revelou a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Um comunicado da PGR recebido na passada segunda-feira, que não revela mais dados sobre o assunto, indica que os suspeitos são acusados de crimes de homicídio qualificado.

“Por haver indícios de envolvimento de mais pessoas, a Procuradoria prossegue com a investigação para o apuramento das mesmas e respectiva responsabilização”, explica o documento.

Segundo a PGR, caem também sobre dois dos indivíduos acusações de crime de branqueamento de capitais.

Marcelino Vilanculo foi assassinado na noite de 11 de Abril a tiro por desconhecidos quando regressava à sua viatura. Na altura, a imprensa avançou que o magistrado tinha a seu cargo as investigações em torno de raptos em que supostamente está envolvido Danish Satar, sobrinho de Nini Satar, que está em liberdade condicional.

Falando durante o velório, a Procuradora-chefe da cidade de Maputo, Amélia Machava, assegurou que apesar do assassinato, a magistratura não vai recuar e continuará a fazer o seu trabalho em prol do bem-estar da sociedade moçambicana.

O assassinato de Marcelino Vilanculo levanta o debate sobre a necessidade de se garantir a segurança aos magistrados, visto que este é o segundo caso de assassinato.

Em 2014, indivíduos até aqui desconhecidos balearam mortalmente o juiz de instrução criminal do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo (TJCM), Diniz Silica.