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Por falta de entendimento Mediadores internacionais decidem regressar aos seus países


A equipa de mediadores internacionais nas negociações entre o Governo e a RENAMO fez ontem (quarta-feira), uma declaração na qual anunciou a suspensão das negociações por 10 dias para regressarem aos seus países, devendo retornar à Moçambique a 08 de Agosto próximo para continuarem a mediar as conversações, cujo fim é restabelecer a paz efectiva no território nacional.

Falando ontem (quarta-feira), em Maputo, no fim de mais uma sessão do diálogo, Mário Raffaelli, coordenador dos mediadores, avançou que a interrupção das conversações, que deverão culminar com um encontro ao mais alto nível entre o Presidente da República, Filipe Nyusi, e o líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, deve-se a questões logísticas.

"É uma interrupção por questões logísticas. Estamos aqui há dias e ninguém tinha ainda um programa específico. Contudo, fizemo-lo, que vislumbra negociações mais eficazes", disse Raffaelli.

Não tenho uma bola de cristal, respondeu a uma questão que lhe foi colocada por jornalistas, “mas acho, seriamente, que não vão durar muito tempo, pois os assuntos são importantes e identificados e, sendo assim, vamos concentrar neles as nossas atenções com o desejo de concluirmos o mais cedo possível.

Durante a sessão de ontem, prosseguiu Raffaelli, a mediação elaborou uma proposta para o primeiro ponto da agenda relacionado com a exigência da RENAMO de governar nas seis províncias que alega ter vencido as últimas eleições gerais.

O mediador espera que durante estes dias a comissão mista analise a proposta, cujo conteúdo recusou-se a partilhar com a imprensa alegando que “isto é apenas uma proposta. Vamos deixar que eles analisem e depois poderemos torna-la pública.

Segundo Raffaelli, os mediadores reuniram-se, duas vezes, com o Chefe do Estado, Filipe Nyusi, e mantiveram contacto telefónico com o líder da RENAMO, Afonso Dhlakama.

Além do primeiro ponto, a agenda das negociações integra a cessação imediata das hostilidades; a despartidarização das Forças de Defesa e Segurança (FDS), incluindo a polícia e os Serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE); e o desarmamento dos homens armados da Renamo e sua reintegração na vida civil.

De salientar que a RENAMO indicou, como mediadores internacionais, a União Europeia, a Igreja Católica e a África do Sul, enquanto o Governo confiou o ex - Presidente do Botswana, Quett Masire, a Fundação Global Leadership, a Fundação Faith, liderada pelo ex-primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e o antigo Presidente da Tanzânia Jakaya Kikwete.


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