HCB anuncia restrições na produção deenergia

Num comunicado enviado a vários órgãos de comunicação social, a HCB indica que o fraco caudal no Rio Zambeze está a comprometer o armazenamento de água, matéria-prima para a produção de energia.

Para ilustrar o problema, fonte da Hidroeléctrica referiu que a 1 de Janeiro de 2016 a cota da Albufeira era de 321,32m acima do nível médio das águas do mar, sendo que a 30 de Junho corrente foi de 317,31m, uma redução na ordem dos 4,01 metros.

Com efeito, cada gerador está a reduzir a sua potência de 415 MegaWatts (MW) para cerca de 365 MW.

Considera-se que este cenário optimiza as necessidades comerciais e a necessidade de assegurar o armazenamento de água para diversos fins socio-ecónomicos e ecológicos e que permitem a possibilidade de recuperação rápida dos níveis da cota de exploração da Albufeira em 2017.

As restrições impostas poderão ser revistas consoante a evolução da situação hidrológica, sobretudo, na próxima época chuvosa.

Paralelamente, a HCB está a levar a cabo negociações com os seus clientes com vista a proceder ajustamento de acordo com o novo cenário, prevendo-se restrições mínimas no fornecimento de energia.

O aproveitamento hidroeléctrico de Cahora Bassa atingiu, em 2015, um novo recorde de produção de energia eléctrica com 16.978 Giga Watts/hora, um aumento anual de 2,44 por cento.O anterior recorde fora alcançado em 2009, quando a produção atingiu 16.574 Giga Watts/hora. Os resultados de 2015 foram alcançados mercê dos investimentos avultados que foram realizados pela HCB, no quadro da implementação do seu Plano de Engenharia. Na sequência deste recorde de produção, a HCB registou vendas no montante de 12.201 milhões de meticais (258 milhões de dólares norte-americanos), tendo o resultado operacional do exercício atingido 6.135 milhões de meticais (130 milhões de dólares).

As restrições na produção de energia anunciadas, acontecem numa altura em a HCB tem em projecto a construção da Central Norte, incluída na segunda fase de expansão do empreendimento, que irá representar um acréscimo de quase metade da actual produção de energia eléctrica, que é de 2075 MW.